O mais singelo da noite é suave como um veludo
É aquela luz que aparece quando a retina se amostra
Aquela penumbra azulada que só mostra os detalhes mais acentuados do corpo em que toca
Silhuetas
Silhuetas azuis sorridentes, se observam
Se conhecem sem se ver por completo
Se contemplam
Suor e gotas de orvalho se confundem
Camuflados na noite
Não percebem as cores das flores, mas sentem seu cheiro
Que importa as cores das flores?
Entre grilos intercalam-se suspiros, risos, gemidos
Respiração forte
Os dedos são os olhos da pele
E a noite é uma estrela cadente deitada no meu colo